Nos movimentos de esquerda alinhados com o estalinismo soviético ou, inclusive, aqueles que denunciavam seus crimes, a homossexualidade era vista como um “desvio burguês” por boa parte dos marxistas. Em um texto clássico sobre a “moral revolucionária”, o líder trotskista Nahuel Moreno fala da decadência do Império Romano com referências veladas à homossexualidade, refere-se ao presente capitalista como uma sociedade “em falência e repugnante” onde os jovens participam em orgias, assistem a filmes pornográficos e convivem com “pederastas e lésbicas”, e até se alarma pelo uso da pílula como elemento fundamental da liberação da mulher.